sábado, 6 de agosto de 2011



Divulgação
Quando Dona Ivone Lara sobe ao palco os aplausos e os olhares são de reverência. Os últimos 60 anos de nossa música popular cantam. Na sua voz ecoam as origens do carnaval e da Império Serrano e 30 anos trabalhando em um instituto psiquiátrico. Em seus sambas também soam as melodias da exceção.  Como uma mulher, negra e pobre pode alcançar o sucesso como cantora e compositora depois dos 50 anos de idade? Essa é a pergunta que o livro Nasci para sonhar e cantar, de Mila Burns, tenta responder.

Segundo a autora, as pistas estão na trajetória de sua vida e nas transformações sociais que o país sofreu nos últimos 70 anos. É quase aquela história de estar no lugar certo na hora certa. Mas no caso de Dona Ivone é de sempre estar ali, ao lado de grandes sambistas e vivenciar uma difícil escolha: o samba ou a segurança econômica. Durante quase trinta anos fez ou foi forçada a aceitar a segunda opção.

Quando criança ouvia Pixinguinha e Jacob do Bandolim tocarem na casa de seu tio Dionísio, um ótimo violonista de 7 cordas. Aos 12 anos foi para um internato para moças onde teve aulas teóricas e de canto com Lucília Villa-Lobos, esposa do maestro. Nessa época nasce Tiê-tiê, sua primeira composição, que até hoje integra seu repertório nos shows. Casou-se com Oscar, filho de Dona Iaiá e Alfredo Costa, fundadores da Prazeres da Serrinha, uma das primeiras escolas de samba do Rio, e que deu origem a Império Serrano.

Nascida em abril de 1921, ficou órfã aos 12.  Desde muito cedo sabia que teria que buscar sua independência, guiar seu próprio destino. Ao sair do internato aos 18 anos, foi morar em Madureira com o tio. Anos depois começa a trabalhar no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, no Engenho de Dentro – lugar onde se aposentaria 30 anos mais tarde. Lá conviveu com Nise da Silveira, que revolucionou o tratamento psiquiátrico ao introduzir as artes no cotidiano dos pacientes.

Boa parte dessas três décadas ela continuou compondo em segredo. Como é até hoje, o machismo dominava a ala de compositores das rodas e escolas de samba. Mulher só podia cantar. Com suas músicas entaladas na garganta, ela fez um acordo com um de seus primos mais velhos, Mestre Fuleiro, um dos grandes bambas da história da Império Serrano. Ele levaria as composições de Dona Ivone para as rodas e diria que eram dele. Resultado: um grande sucesso. “Não sentia raiva do preconceito, dava orgulho de ver que o povo gostava” lembra a cantora.

O livro relata os mundos de Dona Ivone: dona de casa, mãe de dois filhos, esposa e assistente social. A sambista, só nas folgas e nas férias, que tirava religiosamente no Carnaval para ficar o mais próximo possível da escola. Tudo mudou em 1965, quando pela primeira vez na história uma mulher assinou um samba enredo. Ao lado de Silas de Oliveira e Bacalhau, compôs Os Cinco Bailes da História do Rio para a Império Serrano. A partir daí, definitivamente nasce a cantora e a compositora.

Somente em 1970, grava seu primeiro disco “Sambão 70” com Clementina de Jesus e Roberto Ribeiro, pelas mãos de Oswaldo Sargentelli. Foi ele quem batizou seu nome artístico. Em 1977, aposenta-se e definitivamente se dedica a carreira musical. Um ano mais tarde, chega o reconhecimento nacional com a gravação de “Sonho Meu” por Maria Betânia e Gal Costa.  Depois disso, foram dez anos de sucesso, com quase um disco por ano chegando às lojas.

A obra, uma dissertação de mestrado que chega às livrarias sem academicismos,  traça as mudanças culturais do pais, como por exemplo a imagem do samba. Perseguido na primeira década do século passado, passa a ícone da cultura nacional na década de 40 e 50. Resumidamente, foi essa aceitação, junto com o talento e a proximidade com as escolas de samba que permitiram a Dona Ivone Lara se transformar em uma de nossas divas, uma das maiores compositoras do pais. Hoje, nos shows como no livro, o público só lhe rende justas homenagens.

HELENA MEIRELES

DONA HELENA MEIRELLES :UMA DAS ARTISTAS PANTANEIRAS DO BRASIL, DOMINOU A VIOLA,A RABECA E O VIOLINO SEM AJUDA OU AULAS, APRENDEU NA UNIVERSIDADE DA VIDA.   NESTE BLOG A SUA BIOGRAFIA RESUMIDA. PARA SE DELICIAR COM OS SEUS VÍDEOS E COM MÚSICAS ,ENTREVISTAS E FILME  RECORRA AO YOUTUBE,.  A FUNÇÃO DESTE BLOG É APENAS INDICAR PARA O BEM DO BRASIL E DO SEU CÉREBRO, NO FUTURO HAVERÁ AGRADECIMENTO A ESTA GRANDE MULHER DESTE IMENSO PAÍS.
IDERVAL REGINALDO TENÓRIO


helena1Instrumentista brasileira nascida na fazenda Jararaca, que ficava na estrada Boiadeira, que liga Campo Grande ao porto 15 do Rio Paraná, divisa com o estado de São Paulo, considerada a melhor violeira do mundo. Filha do boiadeiro paraguaio Ovídio Pereira da Silva e da mato-grossense Ramona Vaz Meirelles, apesar de nascer e crescer em uma época em que a viola era um instrumento proibido às mulheres, seu mundo não existiria sem esse instrumento. Cresceu rodeada de peões, comitivas e violeiros pantaneiros. Aprendeu a tocar sozinha e escondida, fugiu de casa aos 15 anos e teve o primeiro filho aos 17, de seu primeiro marido, com quem teve mais dois e viveu 8 anos. Começou a surpreender desde jovem quando chegava e tocava até de graça em festas, bailes e bares de Mato Grosso do Sul e no interior oeste do Estado de São Paulo. Sua música seguiu os ritmos de sua região, com influências paraguaias, entre eles, chamamé, rasqueado e polca. Reconhecida pelos sul-mato-grossenses como expressão das raízes e da cultura da região, começou a ser divulgada fora de sua região, quando foi apresentada (1980) por Inezita Barroso no seu programa Mutirão, na rádio USP de São Paulo, tocando ao vivo e mostrando seu trabalho. Depois a mesma Inezita apresentou a violeira em seu programa de música caipira Viola, minha viola, na TV Cultura. Depois dessas oportunidades, gravou uma fita, mas não recebeu atenção dos diversos meios de comunicação onde tentou a divulgação. Na década seguinte (1992), teve nova oportunidade ao se apresentar ao lado de Inezita Barroso e da dupla Pena Branca e Xavantinho, no Teatro do Sesc, em São Paulo.
helena2Porém, como muitas vezes acontece, o reconhecimento da violeira veio de fora do Brasil. Tudo começou quando um seu sobrinho enviou para uma revista especializada norte-americana, uma fita com gravações feitas de maneira praticamente amadora. Assim, no ano seguinte, aos 69 anos, a revista estadunidense Guitar Player a escolheu como Instrumentista Revelação do Ano, com o Prêmio Spotlight (1993). Foi um extraordinário prêmio par quem injustamente antes não obtivera o merecido reconhecimento em seu país, talvez por puro preconceito contra sua arte. Desde então passou a ser observada e valorizada por onde passou, tendo inclusive, no mesmo ano participado de um grande show em São Paulo com a dupla Tonico e Tinoco e, nos anos seguintes, gravou vários cd's. Aos 81 anos, esteve internada na Santa Casa de Campo Grande, Estado do Mato Grosso do Sul, por dez dias com pneumonia crônica nos dois pulmões, recebeu alta e, dois dias depois, morreu em casa, vítima de uma parada cárdio-respiratória, tendo seu corpo sido velado no cemitério Parque das Paineiras, na avenida Tamandaré. Ela tocava também bandolim, rebeca e violão, mas foi com a viola que ela consagrou-se e revelou os encantos musicais de uma região de um país musical, dedicando a vida inteira ao som do mato e traduzindo a alma do pantaneiro. Casou uma vez e depois viveu com vários parceiros seguidamente e teve onze filhos.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011



Nióbio, metal que só o Brasil tem mas, os brasileiros não conhecem sua riqueza que está sendo roubada. Acorda Brasil!


Júlio Ferreira
A cada vez mais no dia-a-dia, o tema é abordado em reportagens nas mídias escrita e televisiva, chegando a já ser alarmante. Como é possível que metade da produção brasileira de nióbio seja subfaturada “oficialmente” e enviada ao exterior, configurando assim o crime de descaminho, com todas as investigações apontando de longa data, para o gabinete presidencial?
Como é possível o fato do Brasil ser o único fornecedor mundial de nióbio (98% das jazidas desse metal estão aqui), sem o qual não se fabricam turbinas, naves espaciais, aviões, mísseis, centrais elétricas e super aços; e seu preço para a venda, além de muito baixo, seja fixado pela Inglaterra, que não tem nióbio algum?
EUA, Europa e Japão são 100% dependentes do nióbio brasileiro. Como é possível em não havendo outro fornecedor, que nos sejam atribuídos apenas 55% dessa produção, e os 45% restantes saíndo extra-oficialmente, não sendo assim computados.
Estamos perdendo cerca de14 bilhões de dólares anuais, e vendendo o nosso nióbio na mesma proporção como se a Opep vendesse a 1 dólar o barril de petróleo. Mas petróleo existe em outras fontes, e o nióbio só no Brasil; podendo ser uma outra moeda nossa. Não é uma descalabro alarmante?
O publicitário Marcos Valério, na CPI dos Correios, revelou na TV para todo o Brasil, dizendo: “O dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do dinheiro vem do contrabando do nióbio”. E ainda: “O ministro José Dirceu estava negociando com bancos, uma mina de nióbio na Amazônia”.
Ninguém teve coragem de investigar… Ou estarão todos ganhando com isso? Soma-se a esse fato o que foi publicado na Folha de S. Paulo em 2002: “Lula ficou hospedado na casa do dono da CMN (produtora de nióbio) em Araxá-MG, cuja ONG financiou o programa Fome Zero”.
As maiores jazidas mundiais de nióbio estão em Roraima e Amazonas (São Gabriel da Cachoeira e Raposa – Serra do Sol), sendo esse o real motivo da demarcação contínua da reserva, sem a presença do povo brasileiro não-índio para a total liberdade das ONGs internacionais e mineradoras estrangeiras.
Há fortes indícios que a própria Funai esteja envolvida no contrabando do nióbio, usando índios para envio do minério à Guiana Inglesa, e dali aos EUA e Europa. A maior reserva de nióbio do mundo, a do Morro dos Seis Lagos, em São Gabriel da Cachoeira (AM), é conhecida desde os anos 80, mas o governo federal nunca a explorou oficialmente, deixando assim o contrabando fluir livremente, num acordo entre a presidência da República e os países consumidores, oficializando assim o roubo de divisas do Brasil.
Todos viram recentemente Lula em foto oficial, assentado em destaque, ao lado da rainha da Inglaterra. Nação que é a mais beneficiada com a demarcação em Roraima, e a maior intermediária na venda do nióbio brasileiro ao mundo todo. Pelo visto, sua alteza real Elizabeth II demonstra total gratidão para com nossos “traíras” a serviço da Coroa Britânica. Mas, no andar dessa carruagem, esse escândalo está por pouco para estourar, afinal, o segredo sobre o nióbio como moeda de troca, não está resistindo às pressões da mídia esclarecida e patriótica.
Blog do Paulo Nunes.

FALECIDO DR. ENÉAS ALERTA SOBRE A CRISE DO NIÓBIO
 DR IDERVAL REGINALDO TENÓRIO

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CRONICA PARA JUAZEIRO DO NORTE

Um novo olhar - Por Sávia Maria Ferraz Vieira da Cunha


Um novo olhar

    Em minha pequena cidade pairava no ar um forte cheiro de tabaco. Especialmente na época das visitas dos romeiros. Por todas as estreitas ruas e vielas, aglomeravam-se caminhões carregados de pessoas simples, com sandálias de couro, roupas pretas imitando batinas, rostos curtidos pelo sol, andando e falando alto, sempre em grupos, de modo que tínhamos que andar pelos calçamentos tal o aglomerado de gente com sotaques variados. Era uma festa  ter tanta gente em volta e ao mesmo tempo  provocava no íntimo um certo desconforto. Parecia que o calor forte tornava-se mais intenso assim como o forte cheiro de fumo. Andavam sempre em grupos e durante todas as horas. De dia e de noite. Pareciam nunca dormir. Quando sossegavam, armavam suas redes  e iam para  as calçadas, acocorados, tentando livrar-se do calor, consumidos por uma ansiedade  em sentir o clima e o odor da cidade santa. Ficavam em ranchos improvisados, sem nenhuma comodidade   para  os corpos  já cansados das longas horas de viagem. Nem reclamavam!
     Alguns já vinham pagar promessas feitas e alcançadas. Dirigiam-se ao túmulo do Padre Cícero onde até choravam  comovidos e emocionados! Caminhavam com o sol a pino no passeio das almas com a expressão de quem estava prestes a subir aos céus!
 Nas expressões sofridas de gente simples, havia sempre um agradecimento muito formal na maneira de se portar diante de  um simples copo com água concedido, ou de uma informação. Pareciam realmente acreditar que se encontravam na Cidade Santa. Talvez em sua ingenuidade  coletiva acreditassem que nós éramos privilegiados por estarmos ali. Percorriam com ansiedade o velho caminho do horto onde julgavam, com o sacrifício da longa e íngreme caminhada, expiar as suas culpas!
    E nós, simples e complicados adolescentes, observávamos aqueles estranhos seres como se fossem de outro planeta. Chegávamos  a rir das suas roupas, do jeito estranho de se comportarem. Nós nada entendíamos sobre a fé, a esperança e a caridade.
   Ao final da romaria, nos reuníamos na calçada para contarmos o número de caminhões que saíam da cidade. Eles passavam agitando as mãos num sinal de despedida e  correspondíamos aos seus acenos achando tudo muito engraçado. Nem nos passava pela cabeça que quando respondíamos aos seus acenos, eles se sentiam felizes a acolhidos pela cidade. Uma cidade na qual faltava água e talvez fosse esse o motivo do forte cheiro que impregnava o ar.
    Nem suspeitávamos do grandioso sacrifício que eles faziam para chegar  até ali. Para nós, o máximo do sacrifício era acordar cedo e ir à escola.
Em sua fé serena e simples encontravam o consolo para as secas, o salário miserável, seus problemas de saúde e  a ausência do olhar do poder público. Afinal eles eram um público diferenciado. Não representavam votos.
    Hoje, permanece ainda  em minha cidade o forte cheiro de tabaco com  o mesmo velho  e implacável sol. As ruas ainda não se alargaram, as pessoas continuam se apertando para passar. Ainda falta água. Os esgotos escorrem a beira das estreitas calçadas.
Mudou apenas a nossa cabeça. Olhamos diferente e com carinho  para as faces enrugadas pelo sol. Sentimos um respeito  silencioso por todos os que vêm, com uma fé inabalável e a esperança de novos milagres.
     Em mim, o grande milagre foi ter  aprendido a amar essas pessoas tão diferentes, e ter a vontade de acolhê-las e de confortá-las fazendo-as enfim acreditar que os milagres verdadeiramente acontecem sim, em Juazeiro do Norte pois essa é a Cidade Santa   que eles vieram  buscar e a santidade  está pura e simplesmente em nosso novo olhar...

Sávia Maria Ferraz Vieira da Cunha. Assistente social-gerontóloga.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Tombamento deve ser concluído em julho de 2012

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Processo de tombamento da estátua do Padre Cícero foi iniciado. A intervenção realizada recentemente foi algo simples, mas o Iphan alerta que novas têm que ser estudadas
ELIZÂNGELA SANTOS
Técnicos do Iphan e UFC estiveram em Juazeiro para os primeiros levantamentos técnicos do tombamento
O processo de tombamento da estátua do Padre Cícero, na Colina do Horto, poderá ter avanços nos próximos meses. É que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) está fazendo levantamentos de todos os dados necessários para isso ocorrer. Há também a possibilidade de tombamento da Casa dos Milagres, próximo à Capela do Socorro. Há a intenção de que o processo de tombamento esteja concluído até julho do próximo ano, aproveitando o momento da finalização do centenário da cidade de Juazeiro.
Por estar em processo de tombamento não poderão ser feitas intervenções físicas na estátua. No último dia 20, foi realizada reinauguração do monumento de 25 metros, que passou por uma restauração na parte externa. O padre José Venturelli, administrador do Horto, já manifestou a ideia de que seja feita a reforma dentro da estátua e sejam abertas pequenas portas e janelas na parte detrás da estátua e na frente. Além disso, que o interior da estátua sirva de atração turística para os romeiros terem a oportunidade de conhecer por dentro o monumento. São intervenções, conforme o Iphan, que precisam ser bem estudadas do ponto de vista técnico, já que não foi construída com essa finalidade.
Segundo a superintendente do Iphan no Estado, Jussara Teixeira, que há três meses assumiu o órgão, é importante todos os levantamentos, como forma de fundamentar a importância da estátua. Conforme a superintendente, há todo um contexto que envolve as manifestações populares no entorno, destacando a figura do ícone, o Padre Cícero. Técnicos do Iphan e Universidade Federal do Ceará (UFC) estiveram na região para os primeiros levantamentos técnicos. Isso inclui desde dados da estátua a romarias realizadas na cidade.

AuxílioPara Jussara, ainda há poucas informações relacionadas ao Santo Sepulcro e o Museu Vivo Padre Cícero. Sobre esses locais, há apenas levantamentos iniciais. Ela afirma que vem recebendo auxílio significativo de Brasília. "Estamos fazendo essa costura de dados. São fragmentos que vão tornar um conjunto de manifestações", enfatiza. Os dados vão fazer parte do Inventário Nacional de Registro Cultural (INRC), incluindo também outras manifestações.
MAIS INFORMAÇÕES
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-CE)
Rua Liberato Barroso, 525 - Praça José de Alencar, (85) 3221.6263/322163.60

terça-feira, 2 de agosto de 2011

NELSON DA RABECA- MAIS UM COBRA DO NORDESTE

Nelson da Rabeca e o Segredo das Árvores

Resultado de imagem para NELSON DA RABECA
Seu Nelson e Dona Benedita na casa sonhada
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Marcelo Cabral · Maceió, AL
31/7/2008 · 174 · 14
“Vivi no canavial trabalhando pesado no corte da cana. Com 54 anos, vi um cidadão tocando violino na televisão e fui na mata, cortei a madeira, deixei secar, e quando secou fiz a rabeca, e acertei.” Esta é a história de Nelson dos Santos, o Seu Nelson da Rabeca, como ele é conhecido por todos. Músico e luthier autodidata de 80 anos, sorriso fácil e simplicidade que irradia uma mágica tão incrível quanto sua história com a música.

Em 2008, Nelson da Rabeca lançou seu terceiro CD “O Segredo das Árvores”, com apoio da Petrobras e Ministério da Cultura. São 21 composições da mais autêntica música rural. Neste mesmo ano, lançou também o primeiro DVD, onde o público pode captar toda a beleza e poesia do artista.

Quando Nelson foi apresentado ao público alagoano anos atrás, as pessoas ficaram encantadas com aquele senhor, tão carismático na alegria de tocar seu instrumento, e que vivia um drama enfrentado por tantos alagoanos, a falta de moradia. Em todas as entrevistas, Nelson falava do seu maior sonho “O que eu mais queria era ter uma casa pra receber meus amigos, todas as pessoas que me ajudam”.

Antes de dizer que queria uma casa pra morar, Seu Nelson queria uma casa para receber as pessoas, e conseguiu. Muitos produtores e músicos, entre eles Hermeto Pascoal, fizeram uma grande movimentação em Maceió, doaram seus cachês, promoveram eventos para arrecadar recursos e realizar o sonho da casa de Nelson e sua mulher Dona Benedita. E já vão 8 anos de “felizes para sempre” na nova morada.

Fui visitá-los em sua casa sonhada no centro histórico de Marechal Deodoro. Logo na entrada da cidade, uma grande estátua de Nelson dá as boas vindas aos visitantes. Encontrei o endereço com ajuda de indicações das pessoas nas ruas de Marechal, a rabeca sobre a porta anunciava o ilustre morador. Do lado de fora da casa verde com grandes janelas de madeira, escutei uma melodia, aquele inconfundível timbre do instrumento. “Seu Nelson! Ô de Casa!” gritei. A música parou.

Fui recebido por Dona Benedita, companheira de Nelson na vida e na música, ele toca, ela canta e os dois compõem canções singelas de beleza rara, coisa do amor mesmo. “Ah, por favor, entre, ele está tocando lá dentro, a gente estava ensaiando.” E entrou falando “Nelson, tem um rapaz aqui, ele é jornalista, mas é músico também, olha que bom” e me levou pra dentro, onde eles ensaiavam um xote que Nelson compôs na noite anterior. Escutei em primeira mão. Ele tocava a rabeca e ela o chocalho. Dona Benedita mostrou que é boa percussionista também e não perde o ritmo.

Terminada a música, Nelson olhou pra mim, sorriu e disse “esse é um xote que eu fiz ontem à noite, se chama ‘Da Rabeca’”, e começou a contar sua história.

Depois de construir (ou seria reinventar?) suas rabecas, Nelson começou a tocar. “Eu trabalhava na fazenda durante a semana e no fim de semana tocava pros turistas na Praia do Francês, onde eu ganhava dois tantos a mais que durante a semana, foi lá que comecei a ser divulgado, hoje tenho três discos gravados e já toquei no Brasil todo. Fortaleza, Salvador, São Paulo, Porto Alegre, em todo canto. Hoje sou feliz com minha rabeca. Eu ouvia dizer que cavalo velho não aprende passada, mas aprende. Eu aprendi. Estou com 80 anos e não paro de criar, continuo fazendo música”.

Ele conta que já fez e vendeu mais de cinco mil rabecas “pelo meio do mundo”, e que gosta mais de tocar que de fazer o instrumento, “gosto também, mas tocar é como uma pessoa que dirige um carro. Vai pra onde quer”. Seu filho, Gilson, também começou a tocar e se apresenta na praia do Francês, seguindo os passos do pai.

Nelson participou de duas edições do Circuito Nacional de Música Sonora Brasil, fez algumas turnês, sempre acompanhado de Dona Benedita. A esposa sente saudades de viajar, “é bom demais, nem fale que dá vontade de ir embora de novo, conhecemos tantos lugares e pessoas tão legais”.

Durante a conversa, Nelson contou algumas histórias de suas andanças pelo Brasil afora. “Fui tocar em Porto Alegre com o Zé Gomes (rabequeiro gaúcho), e achei a tocada dele tão bonita que eu disse que se morasse ali ia pegar explicação com ele. Daí ele me disse que uma tocada que nem a minha eu que devia dar explicação. Já o Mestre Salustiano, de Pernambuco, me disse ‘Seu Nelson, se brincar o senhor toca mais que eu’ e olhe que ele toca bonito e com aquela animação toda.” E sorri contente pelo reconhecimento dos colegas.

Aliás, a carreira musical de Nelson é cheia de encontros musicais com figuras do calibre de Hermeto Pascoal, Antonio Nóbrega, o saxofonista norueguês Rolf-Erik Nystrom e o sanfoneiro alagoano Tião Marcolino. “Já teve gente de chorar quando me vê tocando, eu fico muito feliz”, disse Nelson com gratidão.

Durante a cerimônia de tombamento da cidade de Marechal Deodoro como patrimônio histórico nacional, Nelson fez um improviso com o ministro da cultura Gilberto Gil, sobre a experiência ele diz “foi bom que só conhecer ele, não conheço as músicas dele, mas ele é muito gente boa e nos fizemos um repente no palco”. Perguntei que tipo de música ele gosta de ouvir, Nelson disse que “foi música, eu gosto, nasci com isso. No começo, eu tocava Asa Branca do Luiz Gonzaga na praia, e todo mundo gostava, aí depois toquei essa mesma música no Programa do Jô. Na hora Deus me iluminou e eu toquei ela bem bonita”.

Discografia:

Caranguejo Danado

Para os Amigos

O Segredo das Árvores


Os CDs de Nelson podem ser encontrados a venda na Banca Zumbi dos Palmares, Centro de Maceió. Contato com a banca no (82) 9305-5311.

Nelson da Rabeca - CARANGUEJO DANADO - Nelson dos Santos ...



12 de mar de 2012 - Vídeo enviado por luciano hortencio
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30 de jul de 2011 - Vídeo enviado por Ezequias Lira
Áudio do álbum Nelson da Rabeca e Dona Benedita - Segredo das Árvores Nelson dos Santos, nascido ...

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Áudio do álbum Nelson da Rabeca e Dona Benedita - Segredo das Árvores Nelson dos Santos, nascido ...

FAMED-FACULDADE DE MEDICINA


HISTÓRICO-FACULDADE DE MEDICINA SALVADOR BAHIA

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FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
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A transferência do trono português para o Brasil, em 1808, foi um dos acontecimentos mais destacados da história colonial brasileira. O pouco tempo que D. João VI e a família real permaneceram na Bahia, um mês e dois dias, foi o suficiente para que se registrassem alguns fatos de relevância nacional.

Após abrir os portos do Brasil às nações amigas de Portugal, D. João VI assinou, em 18 de fevereiro de 1808, o documento que mandou criar a Escola de Cirurgia da Bahia, no antigo Hospital Real Militar da Cidade do Salvador, que ocupava o prédio do Colégio dos Jesuítas, construído em 1553, no Terreiro de Jesus.

Em 1º de abril de 1813 a Escola se transformou em Academia Médico-Cirúgica. Em 03 de outubro de 1832 ganhou o nome de Faculdade de Medicina, que guarda até hoje.

Situada entre igrejas, conventos e casarões coloniais, o Brasil viu nascer sua ciência médica, conheceu grandes nomes - professores, cientistas e alunos - e concentrou uma grande parte de seu interesse na atuação profissional, social e política dos doutores da Faculdade.

Muitas, entre milhares de testes e estudos realizados, deram início às pesquisas tropicalistas, médico-legais, psiquiátricas e antropológicas, determinando a expansão da cultura médica nacional e procedimentos avançados no tratamento de doenças típicas do país.

Vultos como Manuel Vitorino, Afrânio Peixoto, Nina Rodrigues, Oscar Freire, Alfredo Brito, Juliano Moreira, Martagão Gesteira, Prado Valadares, Pirajá da Silva e Gonçalo Muniz, projetaram nacional e internacionalmente Faculdade pelas suas atuações de ensino e pesquisa. Também, tendo estado a Bahia, sempre em destaque na política nacional, não poderia deixar a liderança, justificada pela profunda formação humanística dos mestres e sua influência na comunidade.Assim, os salões da faculdade serviram de palco para acirradas discussões, agitados debates e até mesmo lutas armadas, que marcaram decisivamente os rumos tomados pelo contexto social e político nacional - como na Guerra do Paraguai, na Guerra de Canudos e na Segunda Guerra Mundial.

Todo o precioso acervo histórico da Faculdade, de sua fundação até os dias de hoje, foi recolhido e catalogado pela Universidade Federal da Bahia para compor o extraordinário acervo do Memorial da Medicina da Faculdade de Medicina da Bahia, organizado no Reitorado Macedo Costa.

Desde 2 de março de 2004, foi iniciado o processo de transferência da Faculdade de Medicina da Bahia (FMB) para a sede antes ocupada exclusivamente pelo Memorial. Portanto, na atualidade, a sede no Terreiro de Jesus voltou a abrigar a diretoria e a secretaria geral da FMB, bem como os programas de extensão.

Ocupando os 9 salões da antiga Escola, o Memorial é o mais importante documentário do ensino médico do Brasil. Mais de 5.300.000 páginas de documentos incluindo teses, pedidos de matrículas, pesquisas e experiências de gerações de cientistas vêm se juntar ao notável patrimônio onde se destacam livros raros dos séculos XIV ao XIX - inclusive a raríssima coleção completa da Flora Brasiliensis, de Martius -, alguns em latim, outros versando sobre alquimia, a pinacoteca com mais de 200 retratos de mestres pintados por famosos artistas baianos - a maior da Bahia -, e o suntuoso mobiliário que está principalmente no Salão Nobre e na Congregação.
Em 11 de Novembro de 2003, a Congregação aprovou o retorno ao antigo nome da Faculdade, como adotado pela Reforma da Regência Trina de 1832: Faculdade de Medicina da Bahia. Essa proposta foi aprovada por aclamação pelo Conselho Universitário (CONSUNI) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 19 de março de 2008 (Portaria), e a partir de então a sigla da Faculdade de Medicina da Bahia/Universidade Federal da Bahia é FMB-UFBA.


RETIRADO DO PORTAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
PORTAL DA UFBA.

HISTÓRIA

UFBA

Histórico

Universidade Federal da Bahia – A primeira do Brasil

A Universidade Federal da Bahia tem seu começo em 18 de fevereiro de 1808, quando o Príncipe Regente Dom João VI institui a Escola de Cirurgia da Bahia, primeiro curso universitário do Brasil. Ainda no século XIX, incorporou os cursos de Farmácia (1832) e Odontologia (1864), a Academia de Belas Artes (1877), Direito (1891) e Politécnica (1896). No século XX, Isaías Alves cria a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (1941).

O fundador da UFBA – O primeiro reitor da Universidade foi destaque na trajetória do ensino superior. Nasceu em Salvador, em 1894, diplomado em medicina e fez especialização em cirurgia em São Paulo. Ao retornar, ingressou na cátedra de Patologia e Cirurgia e dirigiu a Faculdade de Medicina. Durante 15 anos de reitorado (1946-1961), liderou o processo de federalização e implantou a infra-estrutura física e de pessoal, escrevendo o primeiro capítulo de uma universidade integrada: Artes, Letras, Humanidades e Ciências. Logo no primeiro ano de reitorado a Universidade da Bahia, constitui-se, formalmente. Em 1950, passa a Universidade Federal da Bahia, integrando as escolas isoladas e instituindo outros cursos. Em quinze anos sob o reitorado de Edgard Santos, a UFBA floresceu nas áreas de artes, humanidades e saúde.

Para a Bahia, Edgard Santos trouxe nomes do cenário internacional; construiu o Hospital Universitário; criou o Centro de Estudos Afro-Orientais e os campi do Canela, Federação e Ondina. Em seu reitorado, a Bahia ganhou projeção, com destaque para Dança, Música e Teatro, primeiros cursos universitários do gênero no país. A UFBA alicerça, na década de 1960, dois importantes fenômenos da cultura contemporânea: o Cinema Novo e o Tropicalismo. A Instituição cresceu, modernizou-se, mantendo a identidade do período Edgard Santos.

domingo, 31 de julho de 2011

COMO NAVEGAR NA PAGINA DO IRDEB



Caro leitor,o Brasil é uma nação plural, é um poço de cultura e para quem anseia mais cultura acesse o site do IRDEB - BAHIA .

Neste site tudo,tudo sobre a cultura do Brasil e do mundo, é um site  CULTURAL , talvez um dos mais completos.  È interminável, éde deixar qualquer cidadão impressionado com tanta riqueza.  A vida é uma eterna lição de aprendizagem.   IRDEB ÉCULTURA.

Ja ouviram falar nos TINCOÃS, vá fundo e pesq.Matheus Aleluia
 


 
CLIQUE EM POST DO RADIO  E LÁ EM CIMA PESQ. PROGRAMAS DA EDUCADORA E LÁ FAÇA UMA ESCUTA EM MEMÓRIAS DO RADIO  E QUALQUER OUTRO PROGRAMA DA EMISSORA.
 
 
EXEMPLO      EM    BUSCAR  CLIQUE   MEMORIAS DO RADIO E LÁ EXITE UM CATÁLOGO DE RELIQUIAS.    

 
IDERVAL REGINALDO TENÓRIO