sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Menina Benigna: conheça a história da primeira beata do Ceará

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Quem foi a menina Benigna, que será beatificada no Ceará - 24/10/2022 -  Cotidiano - Folha 

SÃO 04 MINUTOS SOBRE A MARIA BENIGNA

Iderval Reginaldo Tenório 

kefir é o alimento chamado de ‘ouro branco’. ENTENDA.

 

Por
Sol Valls
, Em La Nacion

Embora sua história remonte a práticas ancestrais no Cáucaso, foi apenas nos últimos anos que o kefir passou a ser estudado com o rigor da ciência. Pesquisas publicadas em bases como PubMed e BioMedCentral (BMC) o descrevem como uma matriz complexa de microrganismos vivos que interagem com os sistemas digestivo, imunológico e metabólico.

E, ainda que as pesquisas em humanos ainda sejam limitadas, os resultados preliminares sugerem que seu consumo pode ajudar a restabelecer o equilíbrio microbiano, aliviar sintomas digestivos e modular certas respostas imunológicas. 

O kefir é produzido a partir de grãos de aspecto gelatinoso e branco que contêm uma comunidade simbiótica de bactérias lácticas e leveduras, podendo reunir até 60 cepas distintas. Ao fermentar açúcares, esses grãos geram ácido lático, etanol, dióxido de carbono e compostos bioativos que transformam a composição do líquido original. Como resultado, obtém-se uma bebida com alta concentração de microrganismos vivos, valorizada por seus efeitos sobre a saúde digestiva, imunológica e metabólica. 

— O conceito é o de uma comunidade de bactérias e leveduras que vivem em simbiose; ou seja, elas se beneficiam da convivência — explica César Casavola, presidente da Sociedade Argentina de Médicos Nutricionistas (SAMENUT). 

A história do kefir remonta às montanhas do Cáucaso, onde camponeses preparavam uma bebida chamada ayrag, deixando o leite em odres de pele de cabra que não eram lavados. Com o tempo, descobriram que a película branca formada na superfície interna gerava uma nova bebida, mais estável, com sabor peculiar e maior durabilidade. Chamaram-na kefir, palavra de origem turca que significa “sentir-se bem”. 

Tipos de kefir 

Existem duas variedades principais:

Kefir de leite: ácido, espumoso e semelhante ao iogurte.  

— Fornece proteínas, vitaminas do complexo B, vitamina K2, cálcio, fósforo e outros minerais essenciais — observa Casavola. 

Kefir de água: fermentado com açúcar, frutas e culturas específicas.  

— Possui menor teor de proteína e calorias, mas retém probióticos e metabólitos bioativos — afirma o especialista. 

Benefícios comprovados do kefir 

Diversos estudos, principalmente in vitro e em animais, associaram o consumo regular de kefir a indicadores positivos, tais como: 

  • Melhor digestão e tolerância à lactose 
  • Efeito antibacteriano 
  • Redução do colesterol 
  • Controle da glicemia 
  • Efeito anti-hipertensivo 
  • Efeito anti-inflamatório 
  • Atividade antioxidante 
  • Ação anticancerígena 
  • Efeito antialérgico 
  • Propriedades cicatrizantes 

Os principais benefícios do consumo desta bebida fermentada incluem: 

1. Equilibra a microbiota intestinal 

A combinação de bactérias e leveduras presentes no kefir — como Lactobacillus kefiranofaciens, L. plantarum, L. acidophilus, Saccharomyces cerevisiae e Kluyveromyces marxianus — favorece processos como a produção de ácidos orgânicos, enzimas e kefiran (um polissacarídeo que constitui a matriz do kefir). Casavola explica que esses compostos alteram o ambiente intestinal, reduzem o pH, inibem bactérias oportunistas e atuam como prebióticos, promovendo a estabilidade e diversidade da microbiota. 

Nas duas variantes (de água ou de leite), o kefir aumenta a diversidade de espécies benéficas no intestino e pode ajudar a restaurar o equilíbrio após o uso de antibióticos ou períodos de alto estresse. 

— Isso ocorre porque aumenta a abundância de gêneros benéficos como Lactobacillus e Bifidobacterium, enquanto inibe o crescimento de bactérias patogênicas, restabelecendo um equilíbrio saudável no intestino — comenta Casavola. 

Além disso, ao otimizar o ambiente intestinal, melhora a absorção de nutrientes importantes.  

— Isso facilita que o corpo aproveite melhor vitaminas e minerais dos alimentos, como cálcio e magnésio — acrescenta Milagros Sympson, nutricionista. 

Um estudo publicado na BMC Medicine avaliou o impacto do consumo de kefir em pacientes internados em unidades de terapia intensiva e concluiu que esse alimento fermentado tem capacidade de reduzir a disbiose intestinal (o desequilíbrio microbiano associado a diversos problemas de saúde). 

2. Melhora a digestão 

O kefir ajuda a regular o trânsito intestinal e está associado a melhoras em casos de diarreia, constipação e síndrome do intestino irritável. Além disso, o processo de fermentação também gera enzimas que quebram a lactose, facilitando sua digestão. 

— Graças ao seu efeito probiótico e à regulação do pH do cólon, o kefir contribui para normalizar o trânsito intestinal, aliviar episódios de diarreia ou prisão de ventre e reduzir os sintomas da síndrome do intestino irritável. E diversos estudos associam o kefir à redução dos sintomas de diarreia aguda e crônica, constipação e síndrome do intestino irritável — afirma Casavola. 

Os ácidos orgânicos e peptídeos bioativos sintetizados exercem efeito anti-inflamatório local: — Ao reforçar a barreira intestinal, reduz-se a entrada de toxinas e patógenos no organismo — explica Sympson. 

3. Fortalece o sistema imunológico 

— As propriedades imunomoduladoras do kefir podem ser resultado da ação direta da microbiota ou indireta, por meio de compostos bioativos produzidos durante a fermentação — declara Casavola. 

Entre esses compostos, destacam-se os peptídeos gerados na fermentação (tanto em água quanto em leite). 

— Eles são capazes de estimular a resposta imunológica mediada por células contra infecções e patógenos intracelulares — completa. 

Já Milagros Sympson lembra que “aproximadamente 70% das células imunológicas do corpo estão localizadas no intestino”. 

Diversos estudos relacionam o uso do kefir à melhora do trânsito intestinal e à redução dos sintomas da síndrome do intestino irritável — Foto: Freepik
Diversos estudos relacionam o uso do kefir à melhora do trânsito intestinal e à redução dos sintomas da síndrome do intestino irritável — Foto: Freepik

Receita e recomendações 

Fazer kefir em casa é simples, mas requer cuidado. Colocam-se os grãos em um frasco com leite (animal ou vegetal) ou com água açucarada, dependendo da versão, e deixam-se fermentar por 24 a 48 horas em temperatura ambiente. Depois, coa-se, reutilizam-se os grãos e a bebida está pronta para refrigerar e consumir. 

Casavola recomenda esterilizar utensílios e recipientes antes do uso, evitar o uso de metais, optar por ingredientes de boa qualidade e consumir o kefir refrigerado em até sete a dez dias.  

— É importante manter a cozinha limpa, higienizar bem as mãos e separar produtos crus dos cozidos na geladeira. Em caso de dúvida, é melhor descartar o produto e reiniciar o processo — aconselha. 

Quanto à quantidade, não é necessário muito. 

 — Segundo evidências científicas, para obter benefícios na microbiota intestinal e na saúde geral, uma dose diária de 100 a 200 ml de kefir é suficiente. A chave, para maximizar os efeitos, está na constância, na qualidade do kefir (de preferência caseiro ou com cultivos vivos) e em uma dieta equilibrada — conclui Milagros Sympson.  

Sol Valls
, Em La Nacion

 

 

UNIVERSIDADE E A DESIGUALDADE GÊNERO E RAÇA.

 

                    

Nesta participação, falarei da   'Demografia Médica no Brasil 2025, revelou      que 29,2% dos estudantes de Medicina são negros. 

 

Enedina Alves Marques  foi a  primeira mulher negra a se formar em  engenharia civil no Brasil. Colou grau em 1945, pela Universidade Federal do Paraná , aos 32 anos.

Maria Odília Teixeira, a primeira médica negra do Brasil, colou grau pela  Faculdade de Medicina da Bahia em 1909, a única mulher numa turma de 48 formandos,  foi  a  primeira professora negra da Faculdade, na cadeira de Obstetricia.  Desafiou  a ideia, de que,  a cirrose hepática, era uma degeneração racial, próprio dos negros. Foi marcada pela luta e pela superação, inspirando os seus descendente e outros negros a ingressarem nos cursos de saúde.

50, 1% dos médicos  no Brasil são mulheres,  no entanto  médicas e médicos negros (pretos e pardos),  dados recentes do Conselho Federal de Medicina (CFM) e IBGE,  apontam que profissionais que se autodeclaram pretos representam apenas cerca de 3% do total de médicos. 3% dos médicos no Brasil se declaram pretos, 24% se declaram pardos e a   maioria (cerca de 70%) se declara branca.

 


O  Ministério da Educação (MEC)  mostra que  59,1% (5,9 milhões) das cerca de 10 milhões de matrículas no nível superior e deste grupo,  59,4% são negras. As mulheres negras representam o maior grupo entre estudantes de universidades públicas no Brasil, uma mudança significativa em comparação com anos anteriores e buscam a excelência na qualificação profissional. Apesar do crescimento na graduação, a ascensão a  professoras e pesquisadoras na  pós-graduação ainda é baixa.

" A atuação de professoras negras ajuda a "descolonizar" o currículo, inserindo intelectuais negros e valorizando outras visões de mundo na produção acadêmica."   

Mesmo sendo maioria enfrentam desafios de sub-representação em certas áreas e no topo da carreira acadêmica. Cai  nas áreas Ciência, Tecnologia, Computação, Engenharia e Matemática (STEM) para 15,5%, em cargos de maior destaque como reitoras e pesquisadoras de ponta. No   mercado de trabalho é marcada por desigualdades salariais e violência de gênero.

A presença de professoras negras nas universidades brasileiras é marcada por sub-representação, apesar do aumento de estudantes negros, devido a políticas de inclusão. Mas vem crescendo e contribuindo para a descolonização do conhecimento.

  • No  Ensino superior apenas 21% se autodeclaram pretos ou pardos, uma proporção inferior à da população brasileira (55,5% segundo o Censo 2022).

       No Pós-graduação menor ainda, 3% onde doutoras negras se autodeclaram pretas          

  • "As professoras negras trazem novos saberes para a sala de aula, valorizando referências de intelectuais negros e práticas pedagógicas africanas, e criticando o currículo eurocêntrico.
  • A presença de professoras negras facilita a identificação dos alunos, principalmente de estudantes negras, que se sentem mais confiantes para buscar questões relacionadas à diversidade étnico-racial com docentes negras.
  • Essas profissionais contribuem para a produção de conhecimento crítico, por meio de artigos, pesquisas e atividades de extensão que valorizam a visão de outros sujeitos." 

 Professoras negras em todo o Brasil, não existe um número exato..

Trabalhos  de 2022/23  indicam uma sub-representação significativa: 

  • Ensino Superior: Dados de 2022 do Inep revelam que entre 58 mil professores negros no ensino superior, 26.770 são mulheres negras, de 2016 a 2019, a presença de mulheres negras na graduação aumentou de 15,2% para 16,9%. Homens negros: 31.541 .  Professores brancos: 176.778 
  • Pós-graduação: Em 2023, mulheres negras e indígenas somavam apenas 2,5% do total de professores de pós-graduação. 
  •                      
  •      DAS DESIGUALDADES E ANTOS DE INCLUSÃO  

"·  Desigualdade racial: A falta de representatividade de professoras negras no ensino superior e na pós-graduação reflete a desigualdade racial e a falta de diversidade no ambiente acadêmico.

·  Políticas de cotas: Embora as políticas de cotas tenham ampliado o acesso de estudantes negros às universidades, a presença de professores negros permanece aquém da realidade demográfica do país.

·  Hierarquia: A pesquisa aponta que mulheres negras e indígenas estão em desvantagem em relação aos homens brancos e mulheres brancas no corpo docente. "

 

 

 UFRJ(RIO DE JANEIRO) e UFF (FLUMINENSE)

"A partir de referenciais do feminismo negro, da perspectiva interseccional e dos estudos étnicoraciais no Brasil, problematizam-se o racismo e o sexismo na academia brasileira com base na caracterização e análise da presença/ausência de professoras negras em programas de pós-graduação em ciências da saúde de duas universidades federais fluminenses.

A entrada para a docência no Ensino Superior permeia-se como sendo um espaço para poucos, tendo, geralmente, um perfil de seus membros: homens, brancos e de origens abastadas. O cenário brasileiro de ascensão social é pré-determinado por fatores como gênero, raça e classe. Tendo sido um dos países que aboliu a escravatura mais tardiamente em todo o planeta, o Brasil colhe suas escolhas apresentando um esmagador quadro de sub-representatividade: são poucas as mulheres presentes na docência do Ensino Superior, e ainda menos as mulheres negras. Os presentes trabalhos, portanto, aborda essa sub-representação de raça e gênero no âmbito acadêmico, lançando mão de uma pesquisa primordialmente bibliográfica com eventuais levantamentos quantitativos. " UFRJ e UFF". 

Encerro com depoimento de um professor negro brasileiro num grande hospital nos EUA.

 

“A foto que eu tenho com mais médicos negros é em Harvard, não é no Brasil”, comenta o neurocirurgião Dr. Júlio Pereira.

“Faz pouco, estando de paletó no corredor do hospital, muitas pessoas vieram me parar para pedir informação. Sem o jaleco branco, virei segurança.”

Iderval Reginaldo Tenório.

 

 

 

 REFERENCIAS  BIBLIOGRÁFICAS.

UFRJ.  UFF.  MEC. CRM. CFM. 

ARBOLEYA, Arilda; CIELLO, Fernando; MEUCCI, Simone. “Educação para uma vida melhor”: trajetórias sociais de docentes negros. Cadernos de Pesquisa, v. 45, n. 158, p. 882-914. out./dez., 2015.

BENTO, Maria Aparecida Santos. Pactos narcísicos no racismo: Branquitude e poder nas organizações empresariais e no poder público. Tese (Doutorado), Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento Humano. São Paulo, 2002.

BRASIL. Lei nº 12.288, de 20 de julho de 2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12288.htm. Acesso em: 18 ago. 2022.

Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2008.

BRITO, Angela Cristina Cardoso de. Professoras negras na Universidade Federal da Bahia – UFBA: cor, status e desempenho. Anais Eletrônicos, Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress, Florianópolis, 2017.

CAETANO, Lázaro Danilo de Araújo. Ativismo Institucional em torno dos Instrumentos de ação pública: os critérios de Inclusão racial no serviço público federal. 2017. 87f. Monografia (Curso de Gestão de Políticas Públicas) – Universidade de Brasília, Brasília, 2017.

CARNEIRO, Tatiane da Conceição. Mulheres Negras Professoras Doutoras Inseridas nos Cursos de Pós-Graduação em Educação e Relações Raciais: um olhar sobre o racismo Institucional. Dissertação (Mestrado – Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares). Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2019.

Disponível em: www.aguaforte.com/antropologia/educarparaque.html. Acesso em:10 mar. 2021.

EUCLIDES, Maria Simone. Mulheres negras, doutoras, teóricas e professoras universitárias: desafios e conquistas. Tese (Doutorado – Programa de Pós-Graduação em História) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Humanidades, Fortaleza, 2017.

FERREIRA, Gianmarco Loures. Sub-representação legal nas ações afirmativas: a lei de cotas nos concursos públicos. 2016. 222f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Universidade de Brasília, Brasília, 2016.

GOMES, Monique Karine. Docentes negras, mestras e doutoras em educação: vozes erguidas, experiências narradas. Dissertação (Mestrado – Programa de Pós-graduação em Educação). Universidade Metodista de Piracicaba, 2021.

GOMES, Nilma Lino. O movimento negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis: Vozes, 2017.

hooks, bell. Erguer a voz: pensar como feminista, pensar como negra. São Paulo: Elefante, 2019.

KILOMBA, Grada. Memórias de plantação – episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

MELLO, Luiz; RESENDE, Ubiratan Pereira de. Concursos públicos federais para docentes e ações afirmativas para candidatos negros. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 50, n. 175, p. 8-28, jan./mar., 2020.

NASCIMENTO, Maria Beatriz. Por uma história do homem negro. In: RATTS, Alex. Uma História Feita por Mãos Negras. São Paulo: Zahar, 2021.

NOGUEIRA, Azânia Maria Romão. O lugar das professoras negras na Universidade Federal de Santa Catarina. Anais Eletrônicos, Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress. Florianópolis, 2017.

OLIVEIRA, Edicleia Lima de. Trajetórias e Identidades de Docentes Negras na Educação Superior. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Educação). Universidade Federal da Grande Dourados, 2020.

PEREIRA, Olga Maria Lima. Docência negra em pelotas: um constante reinterpretar de silêncios. Tese (Programa de Pós-graduação em Letras) – Universidade Católica de Pelotas, 2014.

REIS, Maria da Conceição. Educação, identidade e histórias de vidas de pessoas negras do Brasil. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade Federal de Pernambuco, 2012.

RODRIGUES, Lilian Segnini. Políticas públicas no combate à desigualdade racial: uma análise da implementação da Lei nº 12.990/2014 em uma Instituição Federal de Ensino Superior. 2017. 122f. Dissertação (Mestrado em Gestão de Organizações e Sistemas Públicos) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2017.

SANTOS, Letícia Laureano dos. Trilhando caminhos, semeando (re)encontros: professoras negras em programas de pós-graduação. Dissertação (Programa de Pós-graduação em Educação) – Universidade La Salle, 2021.

SILVA, Maria de Lourdes. Enfrentamento ao racismo e discriminações na educação superior: experiências de mulheres negras na construção a carreira docente. Tese (Doutorado em Educação). Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de São Carlos, 2013. Disponível em: http://www.bdtd.ufscar.br/htdocs/tedeSimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo =7020 Acesso em: 20 mai. 2022.

SILVA, Maria Nilza da. A mulher negra. Revista Espaço Acadêmico, n. 22, mar., 2010. Disponível em: http://www.espacoacademico.com.br/022/22csilva.htm. Acesso em: 18 mai. 2022.

SOARES, Cristiane Barbosa; SILVA, Fabiane Ferreira da. Professoras universitárias negras rompendo a fronteira da Invisibilidade. Anais eletrônicos do VII Seminário Corpo, Gênero e Sexualidade – III Seminário Internacional Corpo, Gênero e Sexualidade, III Luso-Brasileiro Educação em Sexualidade, Gênero, Saúde e Sustentabilidade. Rio Grande: Ed. da FURG, 2018.

 

 

quinta-feira, 6 de novembro de 2025

A Universidade é a desigualdade entre gênero e raça.

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Nesta participação, falarei da   'Demografia Médica no Brasil 2025, revelou      que 29,2% dos estudantes de Medicina são negros. 

 

Enedina Alves Marques  foi a  primeira mulher negra a se formar em  engenharia civil no Brasil. Colou grau em 1945, pela Universidade Federal do Paraná , aos 32 anos.

Maria Odília Teixeira, a primeira médica negra do Brasil, colou grau pela  Faculdade de Medicina da Bahia em 1909, a única mulher numa turma de 48 formandos,  foi  a  primeira professora negra da Faculdade, na cadeira de Obstetricia.  Desafiou  a ideia, de que,  a cirrose hepática, era uma degeneração racial, próprio dos negros. Foi marcada pela luta e pela superação, inspirando os seus descendente e outros negros a ingressarem nos cursos de saúde.

50, 1% dos médicos  no Brasil são mulheres,  no entanto  médicas e médicos negros (pretos e pardos),  dados recentes do Conselho Federal de Medicina (CFM) e IBGE,  apontam que profissionais que se autodeclaram pretos representam apenas cerca de 3% do total de médicos. 3% dos médicos no Brasil se declaram pretos, 24% se declaram pardos e a   maioria (cerca de 70%) se declara branca.

 


O  Ministério da Educação (MEC)  mostra que  59,1% (5,9 milhões) das cerca de 10 milhões de matrículas no nível superior e deste grupo,  59,4% são negras. As mulheres negras representam o maior grupo entre estudantes de universidades públicas no Brasil, uma mudança significativa em comparação com anos anteriores e buscam a excelência na qualificação profissional. Apesar do crescimento na graduação, a ascensão a  professoras e pesquisadoras na  pós-graduação ainda é baixa.

" A atuação de professoras negras ajuda a "descolonizar" o currículo, inserindo intelectuais negros e valorizando outras visões de mundo na produção acadêmica."   

Mesmo sendo maioria enfrentam desafios de sub-representação em certas áreas e no topo da carreira acadêmica. Cai  nas áreas Ciência, Tecnologia, Computação, Engenharia e Matemática (STEM) para 15,5%, em cargos de maior destaque como reitoras e pesquisadoras de ponta. No   mercado de trabalho é marcada por desigualdades salariais e violência de gênero.

A presença de professoras negras nas universidades brasileiras é marcada por sub-representação, apesar do aumento de estudantes negros, devido a políticas de inclusão. Mas vem crescendo e contribuindo para a descolonização do conhecimento.

  • No  Ensino superior apenas 21% se autodeclaram pretos ou pardos, uma proporção inferior à da população brasileira (55,5% segundo o Censo 2022).

       No Pós-graduação menor ainda, 3% onde doutoras negras se autodeclaram pretas          

  • "As professoras negras trazem novos saberes para a sala de aula, valorizando referências de intelectuais negros e práticas pedagógicas africanas, e criticando o currículo eurocêntrico.
  • A presença de professoras negras facilita a identificação dos alunos, principalmente de estudantes negras, que se sentem mais confiantes para buscar questões relacionadas à diversidade étnico-racial com docentes negras.
  • Essas profissionais contribuem para a produção de conhecimento crítico, por meio de artigos, pesquisas e atividades de extensão que valorizam a visão de outros sujeitos." 

 Professoras negras em todo o Brasil, não existe um número exato..

Trabalhos  de 2022/23  indicam uma sub-representação significativa: 

  • Ensino Superior: Dados de 2022 do Inep revelam que entre 58 mil professores negros no ensino superior, 26.770 são mulheres negras, de 2016 a 2019, a presença de mulheres negras na graduação aumentou de 15,2% para 16,9%. Homens negros: 31.541 .  Professores brancos: 176.778 
  • Pós-graduação: Em 2023, mulheres negras e indígenas somavam apenas 2,5% do total de professores de pós-graduação. 
  •                      
  •      DAS DESIGUALDADES E ANTOS DE INCLUSÃO  

"·  Desigualdade racial: A falta de representatividade de professoras negras no ensino superior e na pós-graduação reflete a desigualdade racial e a falta de diversidade no ambiente acadêmico.

·  Políticas de cotas: Embora as políticas de cotas tenham ampliado o acesso de estudantes negros às universidades, a presença de professores negros permanece aquém da realidade demográfica do país.

·  Hierarquia: A pesquisa aponta que mulheres negras e indígenas estão em desvantagem em relação aos homens brancos e mulheres brancas no corpo docente. "

 

 

 UFRJ(RIO DE JANEIRO) e UFF (FLUMINENSE)

"A partir de referenciais do feminismo negro, da perspectiva interseccional e dos estudos étnicoraciais no Brasil, problematizam-se o racismo e o sexismo na academia brasileira com base na caracterização e análise da presença/ausência de professoras negras em programas de pós-graduação em ciências da saúde de duas universidades federais fluminenses.

A entrada para a docência no Ensino Superior permeia-se como sendo um espaço para poucos, tendo, geralmente, um perfil de seus membros: homens, brancos e de origens abastadas. O cenário brasileiro de ascensão social é pré-determinado por fatores como gênero, raça e classe. Tendo sido um dos países que aboliu a escravatura mais tardiamente em todo o planeta, o Brasil colhe suas escolhas apresentando um esmagador quadro de sub-representatividade: são poucas as mulheres presentes na docência do Ensino Superior, e ainda menos as mulheres negras. Os presentes trabalhos, portanto, aborda essa sub-representação de raça e gênero no âmbito acadêmico, lançando mão de uma pesquisa primordialmente bibliográfica com eventuais levantamentos quantitativos. " UFRJ e UFF". 

Encerro com depoimento de um professor negro brasileiro num grande hospital nos EUA.

 

“A foto que eu tenho com mais médicos negros é em Harvard, não é no Brasil”, comenta o neurocirurgião Dr. Júlio Pereira.

“Faz pouco, estando de paletó no corredor do hospital, muitas pessoas vieram me parar para pedir informação. Sem o jaleco branco, virei segurança.”

Iderval Reginaldo Tenório.

 

 

 

 REFERENCIAS  BIBLIOGRÁFICAS.

UFRJ.  UFF.  MEC. CRM. CFM. 

ARBOLEYA, Arilda; CIELLO, Fernando; MEUCCI, Simone. “Educação para uma vida melhor”: trajetórias sociais de docentes negros. Cadernos de Pesquisa, v. 45, n. 158, p. 882-914. out./dez., 2015.

BENTO, Maria Aparecida Santos. Pactos narcísicos no racismo: Branquitude e poder nas organizações empresariais e no poder público. Tese (Doutorado), Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento Humano. São Paulo, 2002.

BRASIL. Lei nº 12.288, de 20 de julho de 2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12288.htm. Acesso em: 18 ago. 2022.

Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2008.

BRITO, Angela Cristina Cardoso de. Professoras negras na Universidade Federal da Bahia – UFBA: cor, status e desempenho. Anais Eletrônicos, Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress, Florianópolis, 2017.

CAETANO, Lázaro Danilo de Araújo. Ativismo Institucional em torno dos Instrumentos de ação pública: os critérios de Inclusão racial no serviço público federal. 2017. 87f. Monografia (Curso de Gestão de Políticas Públicas) – Universidade de Brasília, Brasília, 2017.

CARNEIRO, Tatiane da Conceição. Mulheres Negras Professoras Doutoras Inseridas nos Cursos de Pós-Graduação em Educação e Relações Raciais: um olhar sobre o racismo Institucional. Dissertação (Mestrado – Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares). Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2019.

Disponível em: www.aguaforte.com/antropologia/educarparaque.html. Acesso em:10 mar. 2021.

EUCLIDES, Maria Simone. Mulheres negras, doutoras, teóricas e professoras universitárias: desafios e conquistas. Tese (Doutorado – Programa de Pós-Graduação em História) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Humanidades, Fortaleza, 2017.

FERREIRA, Gianmarco Loures. Sub-representação legal nas ações afirmativas: a lei de cotas nos concursos públicos. 2016. 222f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Universidade de Brasília, Brasília, 2016.

GOMES, Monique Karine. Docentes negras, mestras e doutoras em educação: vozes erguidas, experiências narradas. Dissertação (Mestrado – Programa de Pós-graduação em Educação). Universidade Metodista de Piracicaba, 2021.

GOMES, Nilma Lino. O movimento negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis: Vozes, 2017.

hooks, bell. Erguer a voz: pensar como feminista, pensar como negra. São Paulo: Elefante, 2019.

KILOMBA, Grada. Memórias de plantação – episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

MELLO, Luiz; RESENDE, Ubiratan Pereira de. Concursos públicos federais para docentes e ações afirmativas para candidatos negros. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 50, n. 175, p. 8-28, jan./mar., 2020.

NASCIMENTO, Maria Beatriz. Por uma história do homem negro. In: RATTS, Alex. Uma História Feita por Mãos Negras. São Paulo: Zahar, 2021.

NOGUEIRA, Azânia Maria Romão. O lugar das professoras negras na Universidade Federal de Santa Catarina. Anais Eletrônicos, Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress. Florianópolis, 2017.

OLIVEIRA, Edicleia Lima de. Trajetórias e Identidades de Docentes Negras na Educação Superior. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Educação). Universidade Federal da Grande Dourados, 2020.

PEREIRA, Olga Maria Lima. Docência negra em pelotas: um constante reinterpretar de silêncios. Tese (Programa de Pós-graduação em Letras) – Universidade Católica de Pelotas, 2014.

REIS, Maria da Conceição. Educação, identidade e histórias de vidas de pessoas negras do Brasil. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade Federal de Pernambuco, 2012.

RODRIGUES, Lilian Segnini. Políticas públicas no combate à desigualdade racial: uma análise da implementação da Lei nº 12.990/2014 em uma Instituição Federal de Ensino Superior. 2017. 122f. Dissertação (Mestrado em Gestão de Organizações e Sistemas Públicos) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2017.

SANTOS, Letícia Laureano dos. Trilhando caminhos, semeando (re)encontros: professoras negras em programas de pós-graduação. Dissertação (Programa de Pós-graduação em Educação) – Universidade La Salle, 2021.

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Desafios à permanência de mulheres na universidade mobiliza Comissão de ...

                    

Nesta participação, falarei da   'Demografia Médica no Brasil 2025, revelou      que 29,2% dos estudantes de Medicina são negros. 

 

Enedina Alves Marques  foi a  primeira mulher negra a se formar em  engenharia civil no Brasil. Colou grau em 1945, pela Universidade Federal do Paraná , aos 32 anos.

Maria Odília Teixeira, a primeira médica negra do Brasil, colou grau pela  Faculdade de Medicina da Bahia em 1909, a única mulher numa turma de 48 formandos,  foi  a  primeira professora negra da Faculdade, na cadeira de Obstetricia.  Desafiou  a ideia, de que,  a cirrose hepática, era uma degeneração racial, próprio dos negros. Foi marcada pela luta e pela superação, inspirando os seus descendente e outros negros a ingressarem nos cursos de saúde.

50, 1% dos médicos  no Brasil são mulheres,  no entanto  médicas e médicos negros (pretos e pardos),  dados recentes do Conselho Federal de Medicina (CFM) e IBGE,  apontam que profissionais que se autodeclaram pretos representam apenas cerca de 3% do total de médicos. 3% dos médicos no Brasil se declaram pretos, 24% se declaram pardos e a   maioria (cerca de 70%) se declara branca.

 


O  Ministério da Educação (MEC)  mostra que  59,1% (5,9 milhões) das cerca de 10 milhões de matrículas no nível superior e deste grupo,  59,4% são negras. As mulheres negras representam o maior grupo entre estudantes de universidades públicas no Brasil, uma mudança significativa em comparação com anos anteriores e buscam a excelência na qualificação profissional. Apesar do crescimento na graduação, a ascensão a  professoras e pesquisadoras na  pós-graduação ainda é baixa.

" A atuação de professoras negras ajuda a "descolonizar" o currículo, inserindo intelectuais negros e valorizando outras visões de mundo na produção acadêmica."   

Mesmo sendo maioria enfrentam desafios de sub-representação em certas áreas e no topo da carreira acadêmica. Cai  nas áreas Ciência, Tecnologia, Computação, Engenharia e Matemática (STEM) para 15,5%, em cargos de maior destaque como reitoras e pesquisadoras de ponta. No   mercado de trabalho é marcada por desigualdades salariais e violência de gênero.

A presença de professoras negras nas universidades brasileiras é marcada por sub-representação, apesar do aumento de estudantes negros, devido a políticas de inclusão. Mas vem crescendo e contribuindo para a descolonização do conhecimento.

  • No  Ensino superior apenas 21% se autodeclaram pretos ou pardos, uma proporção inferior à da população brasileira (55,5% segundo o Censo 2022).

       No Pós-graduação menor ainda, 3% onde doutoras negras se autodeclaram pretas          

  • "As professoras negras trazem novos saberes para a sala de aula, valorizando referências de intelectuais negros e práticas pedagógicas africanas, e criticando o currículo eurocêntrico.
  • A presença de professoras negras facilita a identificação dos alunos, principalmente de estudantes negras, que se sentem mais confiantes para buscar questões relacionadas à diversidade étnico-racial com docentes negras.
  • Essas profissionais contribuem para a produção de conhecimento crítico, por meio de artigos, pesquisas e atividades de extensão que valorizam a visão de outros sujeitos." 

 Professoras negras em todo o Brasil, não existe um número exato..

Trabalhos  de 2022/23  indicam uma sub-representação significativa: 

  • Ensino Superior: Dados de 2022 do Inep revelam que entre 58 mil professores negros no ensino superior, 26.770 são mulheres negras, de 2016 a 2019, a presença de mulheres negras na graduação aumentou de 15,2% para 16,9%. Homens negros: 31.541 .  Professores brancos: 176.778 
  • Pós-graduação: Em 2023, mulheres negras e indígenas somavam apenas 2,5% do total de professores de pós-graduação. 
  •                      
  •      DAS DESIGUALDADES E ANTOS DE INCLUSÃO  

"·  Desigualdade racial: A falta de representatividade de professoras negras no ensino superior e na pós-graduação reflete a desigualdade racial e a falta de diversidade no ambiente acadêmico.

·  Políticas de cotas: Embora as políticas de cotas tenham ampliado o acesso de estudantes negros às universidades, a presença de professores negros permanece aquém da realidade demográfica do país.

·  Hierarquia: A pesquisa aponta que mulheres negras e indígenas estão em desvantagem em relação aos homens brancos e mulheres brancas no corpo docente. "

 

 

 UFRJ(RIO DE JANEIRO) e UFF (FLUMINENSE)

"A partir de referenciais do feminismo negro, da perspectiva interseccional e dos estudos étnicoraciais no Brasil, problematizam-se o racismo e o sexismo na academia brasileira com base na caracterização e análise da presença/ausência de professoras negras em programas de pós-graduação em ciências da saúde de duas universidades federais fluminenses.

A entrada para a docência no Ensino Superior permeia-se como sendo um espaço para poucos, tendo, geralmente, um perfil de seus membros: homens, brancos e de origens abastadas. O cenário brasileiro de ascensão social é pré-determinado por fatores como gênero, raça e classe. Tendo sido um dos países que aboliu a escravatura mais tardiamente em todo o planeta, o Brasil colhe suas escolhas apresentando um esmagador quadro de sub-representatividade: são poucas as mulheres presentes na docência do Ensino Superior, e ainda menos as mulheres negras. Os presentes trabalhos, portanto, aborda essa sub-representação de raça e gênero no âmbito acadêmico, lançando mão de uma pesquisa primordialmente bibliográfica com eventuais levantamentos quantitativos. " UFRJ e UFF". 

Encerro com depoimento de um professor negro brasileiro num grande hospital nos EUA.

 

“A foto que eu tenho com mais médicos negros é em Harvard, não é no Brasil”, comenta o neurocirurgião Dr. Júlio Pereira.

“Faz pouco, estando de paletó no corredor do hospital, muitas pessoas vieram me parar para pedir informação. Sem o jaleco branco, virei segurança.”

Iderval Reginaldo Tenório.

 

 

 

 REFERENCIAS  BIBLIOGRÁFICAS.

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